Porsche com modelos totalmente autónomos? Sim e não, diz o CEO

A "automatização" dos automóveis é um tema que está na ordem do dia e se é certo que a maioria dos construtores já começou ou vai começar a dar passos neste sentido, existem questões que se levantam quando se fala (ou pensa) num veículo desportivo com este tipo de características. Afinal o grande trunfo dos automóveis desportivos é poder conduzi-los!

E é precisamente isto que Oliver Blume, CEO da Porsche, defendeu recentemente em declarações à revista britânica "Autocar". Blume não fica totalmente indiferente aos sistemas de "condução autónoma", mas garante que a marca de Estugarda não pensa na possibilidade de lançar no mercado um automóvel 100 por cento autónomo.



"Quando comprar um Porsche vai ter de o conduzir sozinho, ponto final", atirou Oliver Blume. Ainda assim, Blume não descarta a possibilidade de incluir elementos que possam aliviar a tarefa de condução em alguns momentos do dia. "Por exemplo, quando está a ir para o trabalho de manhã e está num engarrafamento, existe a possibilidade de ler o jornal", adiantou, remetendo para um sistema "Traffic Jam Assist" mais avançado, que permita ao condutor "entregar" o comando das operações por completo ao automóvel durante as longas filas de trânsito.

Mas Blume não ficou por aqui. "Quando vai a um restaurante e não consegue encontrar estacionamento, o carro vai procurar um local para estacionar e no final vai buscá-lo", acrescentou.

Com a questão da "automatização" esclarecida, Blume teve ainda a oportunidade para falar do futuro da Porsche, que em parte passa pelo primeiro veículo totalmente eléctrico da marca, o Mission E.

"O Mission E tem toda a nossa concentração neste momento. Agora não pensamos num 911 eléctrico, mas não sei como vai ser no futuro. Acho que durante os próximos dez anos vamos ter uma coexistência entre verdadeiros motores de combustão e carros eléctricos. É uma boa ideia para a Porsche manter o 911 clássico e, por outro lado, ter o Mission E", concluiu.

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